O casal foi avisado da proibição um dia antes do casamento |
Constrangido, o pastor Stan Weatherford (foto abaixo) teve de informar Charles Wilson e Te'Andrea (ambos na foto acima) que não poderia casá-los no dia seguinte na Igreja Batista de Crystal Springs porque a congregação proibiu que ali se realizasse esse tipo de cerimônia entre pessoas negras. Crystal Springs é uma cidade com cerca de 6.000 habitantes do Estado de Mississippi, nos Estados Unidos.
Weatherford teve celebrar
a união em outra igreja
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Os noivos tiveram um baque porque jamais imaginaram que seriam vítimas de racismo na igreja que frequentavam, embora não fossem fiéis assíduos. Mas o pai de Te'Andrea é membro ativo da igreja, paga dízimo, e um tio dela trabalha lá.
Como não dava para mudar a data do casamento — já estava tudo preparado e seria um transtorno avisar os convidados —, o pastor celebrou o casamento na igreja mais próxima. Mas ficou o ressentimento do casal.
“Eu não gosto disso porque fui criada para não ser racista”, disse Te'Andrea. “Fui criada para amar e cuidar de todos.”
Wilson criticou a atitude não só da congregação, mas também das pessoas que aceitaram uma determinação racista. “Como eles podem se apresentar como cristãos?”
O pastor afirmou ter ficado em uma situação difícil, porque não podia deixar de celebrar o casamento e nem desrespeitar a proibição da igreja.
A repercussão que o caso teve na imprensa fará com que a congregação batista recue de sua decisão, mas é de se supor que, mesmo assim, por algum bom tempo nenhum casal negro tente se casar lá.
No ano passado, uma igreja, também batista, chegou a proibir que um casal formado por uma branca e um negro assistisse ao culto, mas teve de desistir por causa das acusações de racismo.
Igreja Batista fica na pequena cidade de Crystal Springs |
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