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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Acelera-se a conversão de índios brasileiros a religiões evangélicas


Do total de índios,  25% já são evangélicos

Se o ritmo das conversões se mantiver acelerado, a maioria dos índios vai se tornar evangélica nos próximos anos, a exemplo do que também poderá ocorrer com a totalidade da população brasileira. O Censo 2010 revelou que  210 mil índios já são evangélicos, 25% do total. Nos últimos dez anos, a conversão aumentou 42%.

Em 1991, a Funai expulsou as missões das aldeias mais incrustadas na floresta, porque os índios estavam morrendo contaminados com as doenças dos brancos. Mas a Funai permite que os índios convidem os evangelizadores, se desejarem, o que tem sido um caminho de volta dos pastores às aldeias. 

Não há informações sobre o impacto dessa volta dos evangelizadores na saúde dos índios. Os missionários afirmam que têm dado assistência médica aos índios, além de levar a palavra de Jesus. Eles contam com apoio logístico que inclui até aviões para atingir as áreas mais distantes. 

Também tem sido importante para a “obtenção de almas” a consagração de índios em pastores, os quais são mantidos sob a supervisão dos brancos.

Nas aldeias mais distantes, o pajé está sendo substituído pelo pregador índio ou  tendo a concorrência dele na influência espiritual na tribo. Na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, funciona uma escola de formação de pregadores índios para atuar nas aldeias.


 A Assembleia de Deus é a denominação mais forte entre os índios, com 31% do total dos evangélicos. Em seguida vem a Igreja Batista (17%).

Em março de 1991 foi criado o CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas). O pastor Henrique Terena, presidente do conselho, disse que são muitos os benefícios das palavras de Jesus aos índios, incluindo o combate ao alcoolismo. 

A primeira reunião do CONPLEI ocorreu em Brasília, na sede da Sociedade Bíblia. O seu mais recente encontro se deu na semana passada, com a participação de 2.500 pessoas de 81 etnias do Brasil e de países vizinhos.

Tratou-se de mais um oportunidade para "anunciar o Evangelho a todos os povos, nações ou línguas", em atendimento ao "mandamento bíblico", conforme os objetivos do conselho expressos em seu site.

Com informação da Folha e do site do CONPLEI.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br

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