Etnia judia que vive na Índia seria descendente do patriarca José
Depois de uma parada de cinco anos no fluxo de imigração, o governo
do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deu permissão para uma
comunidade de cidadãos indianos mudarem-se para o Estado judeu.
Acredita-se que eles são uma das “tribos perdidas de Israel”.
“Tivemos um grande avanço, e graças a Deus, a Aliya [a imigração para
Israel] está certo que recomeça neste verão. Esperamos e oramos para que
o primeiro grupo de 50 famílias, ou cerca de 250-300 imigrantes Bnei
Menashe, virá para Israel até o final de agosto”, disse Michael Freund,
presidente da Shavei Israel, fundação que está por trás da iniciativa.
A Shavei, com sede em Jerusalém, espera trazer para o Estado judaico
todos os 7.000 cidadãos indianos restantes que acreditam ser os Bnei
Menashe, descendentes de Manassés, filho do patriarca bíblico José e
neto de Jacó.
A organização liderada por Freund ajudou a facilitar a imigração de
mais de 1.700 Bnei Menashe no passado, sempre com o apoio dos governos
israelenses. Até que em 2007, o primeiro-ministro Ehud Olmert
interrompeu o processo, que somente agora está sendo retomado.
O plano da Shavei é levar essas 50 famílias Bnei Menashe para Israel
como turistas, seguindo o acordo com o Ministério do Interior. Após
desembarcarem no país, os Bnei Menashe se converterão oficialmente ao
Judaísmo, ganhando assim a cidadania israelense.
Esse era o procedimento adotado em anos passados, mas alguns
funcionários de ministérios israelenses se recusam a conceder permissão
para que o restante desse grupo que ainda está na Índia viaje com esse
propósito.Para suavizar o processo, Freund espera contar novamente com a
ajuda do chefe do rabinato de Israel, que voou para a Índia em 2005
para converter os membros da Bnei Menashe. Esse processo foi
interrompido no ano passado pela Índia.
O que se sabe no momento é que os membros da “tribo perdida” vivem
nos Estados indianos de Manipur e Mizoram. Eles dizem que foram exilados
de Israel há mais de 2.700 anos atrás pelo império assírio. De acordo
com a tradição oral judaica, a tribo Bnei Menashe foi exilada de Israel e
empurrada para o Extremo Oriente, se estabelecendo nas regiões
fronteiriças da China e da Índia, onde permanecem até hoje.
A maioria manteve aspectos culturais semelhantes à tradição judaica,
incluindo a observação do Shabat [sábado sagrado], as leis do Kosher
[alimentos permitidos], praticando a circuncisão dos meninos
recém-nascidos no oitavo dia e as leis de “pureza familiar”.
Na década de 1950, milhares de Bnei Menashe disseram que partiriam a
pé para Israel, mas foram rapidamente interrompidos pelas autoridades
indianas. Desde então, começaram a praticar o judaísmo ortodoxo e se
comprometeram em manter suas tradições judaicas. Hoje, frequentam
centros comunitários na Índia estabelecidos pela Shavei Israel onde
aprendem mais sobre a religião judaica e hebraico moderno.
Freund acredita que a imigração dos Bnei Menashe é o cumprimento da
profecia bíblica de Isaías 43:5-7, que afirma: “Não tenha medo, pois eu
estou com você, do oriente trarei seus filhos e do ocidente ajuntarei
você. Direi ao norte ‘Entregue-os! ’ e ao sul ‘Não os retenha’.
De longe tragam os meus filhos, e dos confins da terra as minhas filhas; todo o que é chamado pelo meu nome, a quem criei para a minha glória, a quem formei e fiz”.
“Acho que este é um projeto histórico”, acrescentou. “É o fechamento
de um círculo na história. É o retorno de uma tribo perdida de Israel
depois de 27 séculos de exílio. É um cumprimento da profecia bíblica
diante de nossos olhos”.
Traduzido e adaptado de WND
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