A Assembleia Geral Ordinária da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), realizada entre 15 e 19 de janeiro de 2001 em Brasília, decidiu não aceitar pastoras. Mais de dez anos depois, em outubro de 2011, a Convenção das Assembleias de Deus no Distrito Federal (CEADDIF), durante Assembleia Geral Ordinária aprovou a ordenação de pastoras. A proposta foi aprovada, depois de muito debate, por 70% da assembleia composta com 1,5 mil correligionários.
Para lideranças denominacionais, esta foi a última etapa para que haja o reconhecido nacional. Afinal, outras convenções como a de Madureira já ordenam mulheres, sendo a mais famosa a cantora Cassiane. A decisão do assembleianos do Distrito Federal aumentou a pressão na entidade para homologação das pastoras dentro da AD.
O pastor Sóstenes Apolos da Silva, presidente da Convenção das Assembleias de Deus no Distrito Federal, afirmou reconhecer o ministério pastoral das mulheres. Em entrevista ao site CREIO, o pastor comemorou o avanço e lamentou que algumas entidades ainda cultivem o que chama de ‘heranças machistas’.
“Que desculpa daria para não ordenar mulheres? Temos que fugir desta herança machista que temos que é resquício do catolicismo romano. A Assembleia de Deus em outros lugares como Estados Unidos, Europa, tem pastoras e até bispas em seus quadros. Vamos dar respaldo a estas mulheres que trabalham que fazem de fato e não por direito”, afirma.
Ele presidiu recentemente uma solenidade onde foram ordenadas pastoras e evangelistas assembleianas. O destaque foi a inclusão da ex-ministra do Meio Ambiente e ex-candidata à presidência da República pelo PV, Marina Silva. Marina já havia sido consagrada como missionária das Assembleias de Deus em 2010 e agora é pastora.
Mesmo estando atualmente sem partido, Marina é vista por muitos como uma forte candidata para a eleição de 2014. Os críticos acreditam que isso não passa de uma estratégia do pastor Sóstenes para chamar atenção sobre o assunto. Muitos defendem que Marina tem o mesmo direito que qualquer outra pessoa dentro da Convenção.
A CEADDIF é filiada a CGADB, que não tem em seus quadros mulheres como membros e até o momento não se manifestou sobre o assunto. A dúvida agora é se a CGADB homologará a ordenação dessas pastoras.
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