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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O “evangelho” Placebo

O “evangelho” PlaceboO “evangelho” Placebo
É importante inicialmente a definição do termo placebo. Por definição, placebo é uma substância inerte, sem propriedades farmacológicas, administrado a uma pessoa ou grupo de pessoas, como se tivesse propriedades terapêuticas. Ou seja, são substâncias sem nenhuma propriedade medicinal, cujo objetivo é apenas estimular o psiquismo do paciente para a cura tão desejada. Neste processo, por exemplo, o paciente pode acreditar estar tomando um comprimido que possua elementos medicinais, enquanto que na verdade esta ingerindo apenas cápsulas de farinha de trigo. Em muitos casos o método placebo resolve o problema de alguns pacientes simplesmente pela ativação dos elementos contidos no psicológico humano, porém em outros casos o paciente precisará da medicina convencional.
É no mínimo estarrecedor detectar o mesmo procedimento ou método em muitos redutos cristãos, onde o “evangelho” comunicado possui o mesmo efeito placebo, sem consistência nos fundamentos eternos de Deus, partindo apenas de uma premissa psíquica ou emocional que poderá aliviar superficialmente o problema crônico do homem – o pecado.
No antigo testamento os promotores da mensagem placebo já eram bastante comuns – “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” (Jeremias 8.11) O profeta Jeremias estava denunciando uma categoria de sacerdotes e profetas que enganavam o povo e falsificavam a palavra de Deus, difundindo mensagens apenas de cunho motivacional e auto ajuda, enquanto que, menosprezavam a verdadeira palavra de Deus.
Em outro momento, Deus questiona o profeta Jeremias – “Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que só profetizam do engano do seu coração? Os quais cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu próximo, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal. O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o Senhor.” (Jeremias 23.25-28) Os questionamentos de Deus dentro deste contexto do livro de Jeremias estão todos atrelados ao evangelho placebo, profetas profetizando mentiras e a palha assumindo o lugar do trigo (falsidade), podendo apenas produzir cura e transformação superficial na vida das pessoas.
Porém, esse tipo de mensagem fraudulenta não era apenas realidade do antigo testamento, mas infelizmente também é um fato no período neotestamentário – “Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas.”(Juda 1.12.13)
Deste modo, fica evidente que, o outro evangelho (placebo) sempre esteve presente assediando o crescimento do verdadeiro evangelho de Cristo Jesus, servindo apenas de paliativo ou bandeide em cima de um tumor chamado pecado.
Sendo assim, o tempo atual requer de todos os verdadeiros discípulos de Cristo Jesus o discernimento necessário para distinguirem entre a palha e o trigo, o superficial e o essencial, o engano e a verdade – “Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.” (Hebreus 5.14)  

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