PROBLEMA: Em Levítico 16 foi estabelecido o procedimento para o Dia da Expiação, determinando-se que um bode fosse morto como oferecimento pelo pecado, para propiciação no Lugar Santo, e que se fizesse a confissão dos pecados de Israel sobre a cabeça de outro bode, que seria enviado para o deserto. Entretanto, isso não constitui uma figura adequada, devido à duplicidade de sacrifícios, pois há apenas um sacrifício por nossos pecados, e não dois (Hb 10:14).
SOLUÇÃO: O procedimento com respeito ao bode emissário não nos fornece uma figura distorcida nem descabida da redenção. Cada um dos dois animais mencionados na descrição dos procedimentos a serem feitos no Dia da Expiação representa um aspecto da obra realizada por Cristo, quando ele, de uma vez por todas, fez a expiação de nossos pecados.
O primeiro bode era morto e o seu sangue, derramado (Lv 16:15), representando a morte substitutiva de Cristo e o derramamento do seu sangue por nossos pecados. O sumo sacerdote tinha então de tomar o bode emissário, confessar os pecados de Israel sobre a cabeça daquele bode, e enviá-lo para o deserto.
Isso representava o efeito de levar embora, para sempre, os pecados de Israel, e simbolizava a obra de Cristo, que era levar para sempre os nossos pecados, como Isaías profetizou: “mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (53:6).
Os vários aspectos da obra de Cristo na redenção são simbolizados pelo que os dois animais desempenhavam no Dia da Expiação, cada um com o seu papel.
Do livro Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições da Bíblia”, Normam Geisler e Thomas Howe
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