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segunda-feira, 13 de junho de 2011

A NOVA MODA EVANGÉLICA


Às vezes, além do gosto pessoal e da vontade de aceitação, a religião também tem um papel na hora escolher o que vestir


Para algumas mulheres, além do desejo de aceitação, da vaidade e do estilo, a hora de escolher o que tirar do guarda-roupa pela manhã leva em consideração ainda outros aspectos. Como, por exemplo, princípios morais e religiosos. É o caso, entre outros, de algumas mulheres evangélicas. 

De acordo com a secretária-executiva da Alobrás (Associação de Lojistas do Brás) Inês Ferreira, o segmento da moda evangélica que vem se destacando por seu crescimento e renovação. São seis confecções apenas entre as associadas, embora ela ressalte que existem outras na região que não fazem parte da organização.
Inês diz que, antigamente, as consumidoras deste tipo de roupas reclamavam que as roupas eram muito sóbrias, formais e sempre voltadas apenas para um público mais velho – o que ela chama de “roupa de senhora”. Hoje, no entanto, a maioria das lojas tem estilistas próprios para adequar as tendências, mantendo a discrição que a religião exige.
“Tendências como cores, tecidos, texturas e formas podem ser seguidas, independentemente das restrições”, comenta Leca Calvi, professora de personal stylist da Escola de Moda Sigbol Fashion. Saias e vestidos são as peças mais procuradas,assim como blusas com mangas e sem decotes.
De acordo com Benicio Niza Sampaio, gerente da marca Kabene Jeans, há 15 anos nesse mercado, a procura é grande. “Temos uma estilista que acompanha as tendências – aviamento, cores, estampas, modelagem – e adapta ao estilo evangélico tradicional”, diz. Segundo ele, o comprimento da saia e as mangas das blusas são essenciais. 

Para a consultora de moda Bia Kawasaki, o segredo é saber valorizar o belo. “Um cabelo bem cuidado, sapatos e acessórios bem coordenados, combinar perfeitamente cores e estampas. A moda é a exteriorização da personalidade”, define. “Muitas destas mulheres são muito mais modernas e sofisticadas que outras que, por não terem noção do ridículo estético, expõem suas imperfeições físicas e seu mau-gosto ao público em geral. Já a professora da PUC Denise Bernuzzi defende que, ao investir neste estilo, a moda deu um passo importante. “É possível conciliar religiosidade e universo fashion. E quem lucrou com isso foram as mulheres”, avalia. 
Fonte: Ibest 

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