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terça-feira, 14 de junho de 2011

Internet é apontada como a causa de um em cada cinco divórcios nos EUA





A troca de mensagens nas redes sociais vira prova de traição nos tribunais americanos. Veja como alguns casais lidam com o ciúme no mundo virtual.

Números que impressionam: em São Paulo, uma agência de detetives investiga todo mês mais de 70 casos de adultério pela internet. A maioria é confirmada. Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 20% dos processos de divórcio cita uma página de relacionamento como causa da crise.
A terapeuta de casais Magda Galli analisa a opção dos dois. “Se isso é um acordo entre eles e se os dois se sentem bem dentro disso, é uma coisa que a gente tem que respeitar. O problema vem quando um dos dois começa a se anular para estar dentro daquela relação”, diz a psicoterapeuta.


Para muitos apaixonados não basta dizer "eu te amo", baixinho, ao pé do ouvido. É preciso que o mundo todo saiba. E aí, a internet é o canal. A rede está cheia de tipos diferentes de casais.

Nayra e Júnior são os ciumentos de carteirinha. Por isso decidiram fazer um perfil único na internet. “Na verdade ela queria que eu excluísse o meu e queria ficar com o dela. Ah, nem pensar”, explica Luiz Carlos dos Santos Júnior, analista de RH. “O casamento juntou duas pessoas em uma só e o perfil também foi junto. Dois perfis em um só”, justifica Nayra Alves de Lima, auxiliar administrativa.
Fábio e Renata parecem detetives virtuais. Cada um abriu uma página, mas as senhas são compartilhadas e um fiscaliza o que o outro faz. “Hoje eu já olhei”, confessa a estudante Renata Pederneiras. “Eu olho também, mas uma frequência menor”, conta o estudante Fabio Martins.
Com a palavra, a terapeuta: “Eu acho que muito que faz com que as pessoas busquem essas maneiras de controle é não ter certeza, do perfil do outro, se o outro está inteiro nessa relação, se não está.”

Geórgia e Maurício são do tipo eu sou mais eu, confio no meu taco. Têm perfis e senhas separados. “Tudo se baseia na confiança do casal, eu amo minha esposa, tenho ciúmes dela, tenho medo de perdê-la, mas não tenho ciúmes exagerado, exacerbado”, fala Maurício Paranhos, gestor de TI. “Se em casa a gente tem segurança na nossa relação, fora de casa também, junto ou separado, em qualquer lugar que seja, também é assim”, argumenta Geórgia Paranhos, analista de organização
Para a terapeuta, “é a forma mais saudável. Os dois estarem juntos porque querem e vão estar até o momento que quiserem. Quando nossa identidade é preservada, a tendência a ser feliz é muito maior”.
Fonte: Jornal hoje

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